quinta-feira, 11 de junho de 2009

"UM PARENTESIS"


Meus caros amigos(as)

Tenho andado um pouco ausente, mas isso se explica pois, no momento, estou me dedicando a um outro blog que se inerliga com este.
Tendo em vista as origens da nossa religião, e o interesse de muitos, achei por bem, desenvolver um estudo das bases do "paganismo". A WICCA é uma religião neopagã, mistérica, iniciática e sacerdotal que tem seu culto destinado a um casal divino cósmico, criador e imanente. Tornou-se conhecida por meio de Gerald Brusseau Gardner (1884-1964) que com os conhecimentos obtidos em diferentes sistemas ocultistas e ramificações de BRUXARIA desenvolveu e compilou aquilo que viria a se tornar as bases da religião. As práticas da WICCA são baseadas em diferentes sistemas de crença, culto, cultura, organização e mistérios dos povos Europeus.
A Religião da forma que a conhecemos hoje é nova, criada por volta da década de 50, mas a origem de sua estrutura é bastante antiga. A religião celebra a vida e a morte por meio de festivais sazonais conhecidos como Sabás, neles os praticantes se reúnem para meditar, agradecer, dançar, encontrar amigos, prestar culto aos DEUSES , projetar desejos para o futuro e harmonizar corpo, mente e espírito.

Além dos Sabás, que são relacionados aos ciclos solares, os Wiccanos se reúnem também nos ciclos lunares para enviar oferendas, agradecimentos, pedidos, para se conectar com as divindades, fazer consagrações e purificações e demais práticas comuns a religião. Para entender a Religião WICCA e saber se ela é um caminho válido para você dedique muito tempo e esforço lendo sobre sua origem, história, estrutura e crenças, para que obtenha um conhecimento mínimo sobre a religião.

Após isso, busque sacerdotes capacitados para lhe tirar dúvidas e direcionar qual é o melhor caminho que você pode seguir dentro da religião. Seguem abaixo alguns trechos de livros.

Ressaltamos que não temos responsabilidade sobre a veracidade das informações e as disponibilizamos apenas como uma forma de ampliar as possibilidades de leitura sobre o assunto. Pedimos que ao utilizar qualquer informação do site em outros locais que citem as fontes. “A WICCA é a continuação de uma tradição de mistérios muito antiga, que veio para o ocidente a partir de 4000 a.C., unindo-se aos cultos ainda existentes e sendo posteriormente assimilada pelos CELTAS durante sua vinda para a Europa”. (...) “Mas se quisermos encontrar as bases da Wicca, devemos procurá-las nos cultos Paleolíticos da Velha Europa, que se estabeleceram mais tarde entre os minóicos, os etruscos, os gregos e posteriormente os romanos”.

[MARTINEZ, p. 17]

Wicca é uma religião de veneração da Natureza e da Divindade, ambos contendo os aspectos femininos e masculinos.

É encontrada nas raízes espirituais das crenças e práticas Européias pré-cristãs.

Quando a WICCA veio a público pela primeira vez no inicio dos anos 50 através dos esforços de Gerald Gardner, ela foi retratada como remanescente do antigo culto de fertilidade Europeu.

Os praticantes se referem à WICCA como a Antiga Religião. Ela também era conhecida como a Arte dos Sábios.

Superficialmente a WICCA moderna parece ser um sistema folclórico de magia tradicional”.[MARTINEZ, p. 17] “Wicca (nome alternativo para a arte da feitiçaria moderna) é uma religião de natureza xamanístíca, positiva, com duas deidades reverenciadas e adoradas em seus ritos: a Deusa (o aspecto feminino e deidade ligada à antiga Deusa Mãe em seu aspecto triplo de Virgem, Mãe e Anciã) e seu consorte, o Deus Chifrudo (o aspecto masculino)”. [DUNWICH, p. 08] “A WICCA é uma religião filosófica (com certeza), mas com fundamentos e bases inegáveis”. (...) “A WICCA é realmente a religiosidade que se fundamenta nos ciclos naturais da terra. Uma tentativa do resgate mesmo que em novos moldes da consciência pagã de outrora”. (...)

“Assim, a WICCA tem seus RITUAIS e filosofia fundamentados nas práticas agrícolas, pastoris e de respeito à TERRA iniciadas no paleolítico e neolítico”. [MILLENNIUM p. 07 e 18]


DUNWICH, WICCA a Feitiçaria Moderna, São Paulo: Bertrand Brasil, 2001.GRIMASSI, Raven. Enciclopédia de WICCA e Bruxaria, São Paulo: GAIA, 2004.MILLENNIUM. “Wicca – A BRUXARIA saindo das Sombras”. São Paulo: Madras, 2004.MARTINEZ, Mario. WICCA Gardneriana, São Paulo: GAIA, 2005.EM BREVE, NOS ENCONTRAREMOS NOVAMENTE, COM ASUNTOS ATÉ MAIS INTERESSANTES E ENRIQUECEDORES DO QUE ATÉ AGORA FORAM POSTADOS.


Para mais informações, acessem http://caminhocelta.blogspot.com


Ficarei muito agradecida e sensibilizada com a visita e a crítica de vocês.


Um grande beijo e muita luz!

domingo, 17 de maio de 2009

PIRÂMIDE DOS BRUXOS

Dentro da bruxaria, o desenvolvimento do poder pessoal está alicerçado na observação de quatro regras essenciais, e que muitas vezes são conhecidas pelo nome de “pirâmide dos bruxos”.

Todo o processo de aprendizado é baseado nesse alicerce, sendo sua aplicação conjunta necessária e importante.

O Trabalho mágico de uma Bruxa ou Bruxo exige seriedade e quatro características básicas:

A) SABER
- Conhecer a si mesmo.


- Conhecer sua arte.


- Saber o que fazer.


- Saber como fazer.


- Saber quando fazer.


- Saber quando não fazer.


- Saber o que você quer realizar.


- Especificar bem o que você vai fazer.


- Criar um sigilo com as palavras.


- Saber trabalhar com moderação.




B) QUERER
- Acreditar em você mesmo.


- Acreditar na divindade.


- Acreditar em suas habilidades.


- Acreditar na abundância do Universo.


- Ter a vontade de praticar de novo e de novo.


- Habilidades de meditação


- Praticar visualização.


- Praticar relaxamento.


- Praticar um estado alterado de consciência.


- Praticar para ser capaz de fazer rápido e certo.


- Ter em mente com muita clareza o porque você quer realizar essa operação mágica.


- Observar se sua vontade está corretamente direcionada.


- Observar se não vai influenciar negativamente outra pessoa.


- Observar os aspectos de não prejudicar ninguém.


- Usar uma ferramenta adivinhatória para checar se seus planos são válidos, se está numa boa hora de pô-los em prática.




C) OUSAR
- Ter a coragem de mudar as circunstâncias.


- Ter a coragem de controlar seu ambiente.


- Ser responsável por suas ações.


- Escolher o melhor curso de ação para o trabalho a ser feito.




D) CALAR
- Aprender a manter a boca fechada antes do trabalho.


- Aprender a manter a boca fechada enquanto espera pelos resultados.


- Aprender a manter a boca fechada depois do trabalho.


- Proteger sua confiança.


- Proteger sua reputação.


- Proteger sua energia



Mãe nossa que estais no céu, na terra e em toda parte,


bendita seja tua beleza e que a tua abundância encha de frutos a árvore da minha vida,


torna-me forte e solidária na dor, bela e desprendida no amor.


Grande Mãe, senhora da vida e da morte,


ajuda-me para que não mais me entregue à aflição, à tristeza e à ansiedade,


nem permita que os desgostos me atormentem ou as coisas desagradáveis da vida me inquietem, afastando cada sombra da minha vida, iluminando todas as minhas estações...


Que eu saiba respeitar os caminhos de todos os seres.


Que o propósito maior guie meus passos


e que a batida do meu coração possa se unir ao toque do coração da terra


e assim possamos pulsar em um só ritmo.


Que as estrelas me guiem nas noites escuras e o sol brilhe intensamente em meu corpo.


Que a Grande Deusa que habita dentro de mim seja meu refúgio,


refresque e alegre meu espírito,


santifique cada palavra e cada ato meu, purifique meu coração,


iluminando minha consciência e meus poderes.


Que me dê o perdão, se por acaso eu falhar


e me torne capaz de perdoar os que falharem comigo e a mim mesma.


Que eu dance nua, sem medo ou vergonha de enfrentar meu próprio reflexo.


Que o teu nome e o teu poder sejam o meu nome e o meu poder,


mas ajuda-me a ser humilde...


a fim de que meu coração se torne pleno de teu amor.


Que eu possa conservar a fé, sempre, e que jamais encontre desculpas para o oportunismo!


Que eu saiba enxergar e retribuir cada gesto de amor


que encontrar nas pessoas da casa, parentes e amigos.


Que a comida servida na mesa de minha família, seja conquistada pelo meu trabalho.


E que eu possa sempre acolher em nossa mesa,


aqueles que querem partilhar conosco o alimento sagrado.


Que a minha porta se abra àqueles que habitam fora da riqueza,


da fama e do privilégio, mas que os que não andam descalços,


também encontrem o caminho que chega a minha casa.


Mãe, abençoe meu sexo, tão delicado e sensível ao toque mais suave


e ainda assim entretanto, forte o suficiente para aguentar o milagre da gestação e do parto...


meu útero, tão fértil, tão parecido com minha Deusa,


os meus seios que nutrem minhas crianças e me fazem sentir a plenitude de ser mulher..


Eu sou uma Bruxa.


E o poder da Grande Mãe, que ilumina e protege, está dentro de mim.


Assim sempre foi, assim sempre será,


e que o círculo nunca se rompa.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

DEUSAS CÉLTAS



  • Ahes Ou Dahut – Deusa celta do amor e da sexualidade
  • Ailinn - Deusa celta do amor e da fertilidade
  • Aima - A Grande Mãe celta da antiga Espanha, regente do céu e dos planetas, equivalente a Binah da Cabala
  • Aine - Deusa solar celta, regente do amor, da sexualidade, da natureza e da boa sorte
  • Akurime - Deusa celta da vida, da beleza e do amor
  • Andraste - Deusa celta da guerra, “A Invencível”
  • Aobh - Deusa celta do tempo, senhora da névoa
  • Arduinna - Deusa celta guardiã das florestas
  • Arenmetia - Padroeira celta da águas curativas
  • Argante - Deusa celta da saúde e da cura
  • Arian - Deusa celta da abundância e do bem-estar
  • Basihea - Deusa celta ndo céu, dos pássaros e das viagens
  • Blathnat - Deusa celta da sexualidade e da morte
  • Blodewedd - Deusa celta das flores, do amor e da magia
  • Boann - Deusa celta da inspiração, das artes e da fertilidade
  • Brighid, Brigid, Bridhit ou Brigit, Tríplice deusa celta presidindo a cura, as artes, a magia, padroeira do fogo e do lar, semelhante à romana Vesta e à grega Héstia
  • Cailleach - Deusa celta da Terra e Natureza, a Anciã ancestral da Escócia
  • Carman - Deusa celta da guerra
  • Cathubodua - Deusa celta da guerra que assumia a forma de corvo durante as batalhas
  • Ceadda - Deusa celta das fontes
  • Cerridwen - Deusa celta dos grãos, da inspiração e da sabedoria, detentora do caldeirão da transmutação
  • Clidna - Deusa celta das ondas do mar
  • Cliodhna - Deusa celta da beleza e sedução
  • Cliodhna - Deusa celta da beleza e da eloqüência
  • Coventina - Deusa celta da água, semelhante a Boann, Belisama, Sinann e Sulis Domnia Padroeira celta dos menires e das pedras
  • Druantia - Padroeira celta das árvores
  • Epona - Deusa eqüina celta, adotada pelos romanos, protetora dos cavaleiros e dos animais
  • Etain - Deusa eqüina e solar celta
  • Fand - Deusa celta do mar, do amor, do prazer e da cura
  • Grainne - Deusa celta da luz solar e do amor
  • Habonde - Deusa da abundância, de origem celta e germânica, semelhante a Abundita e Fulla
  • Inghean Bhuidhe - Deusa celta do verão
  • Ker - Deusa celta dos cereais e da colheita
  • Latiaran - Deusa celta da colheita, irmã de Inghean Bhuidhe (do verão) e de Lasair (da primavera)
  • Macha - Deusa tríplice celta, formando juntamente com Badb e Neman a personificação da guerra
  • Mari - Deusa celta dos bascos, presidia a chuva e punia os ladrões e os mentirosos. Também uma deusa hindu da morte, identifcada com Durga
  • Mocca - Deusa celta da Terra
  • Morgen Ou Mogan Le Fay, Deusa celta da Água, rainha das Fadas, Senhora de Avalon
  • Nehelennia - Deusa celta, guardiã dos caminhos
  • Nemetona -Deusa celta da guerra e dos bosques sagrados
  • Sulis - Deusa celta da cura, considerada um aspecto da deusa Brighid e da deusa Minerva
  • Tlachtga - Deusa celta dos raios e das revelações súbitas
  • Três Mães Ou Três Matres, Deusas celtas doadoras da vida e da morte, reverenciadas pelos ciganos como “As três Marias”
  • Yngona - A grande mãe dos celtas

sábado, 9 de maio de 2009

DIA DAS MÃES


Reverência a todas as faces do feminino

Mulheres plenas e luminosas
Pétalas de Rosas
Lua Nova, Crescente, Cheia e Minguante,
Mistério, Donzela, Mãe e Anciã
Chama ardente
Em seu ventre dançante
Um poço de memórias
Memórias de ancestrais
De teu Ventre, Oh! Divina Deusa Mãe
Desperta a aurora da Vida
Curandeiras, bruxas, parteiras,
O espiral em eterno movimento
Dançarinas, fadas belas e sereias
O êxtase, a realização da natureza, a magia da Vida
Deusa de muitos nomes
Gaia, Isis, Maria, Inanna, Demeter, Afrodite...

Simplesmente Deusa, eternamente MULHER!



Em simples e carinhosas palavras quero lembrar e enaltecer a todas nós mulheres não apenas por ser o Dia das Mães, celebrado anos após anos nos canais de mídia em geral que se dedicam a matérias tocantes sobre aquela que nos gerou, educou, transmitiu-nos sabedoria, enfeitiçou-nos com seu amor! Mas quero enaltecer e reverenciar ainda a Essência Divina presente em cada MULHER!
As que se foram e as que virão... As que guerrearam e as que calaram... As que morreram nas “fogueiras” da acusação... As mulheres que lutaram pelo direito de sermos mulheres, pelo direito de expressão, pelo direito de amar e de serem amadas! As mulheres que ainda lutam , calam, sofrem, cantam e dançam... Como fadas ao vento!





Em nome de todas as lágrimas que viraram adubo para Grande Deusa Terra, em nome dos risos enlouquecidos de êxtase e amor, em nome dos pés descalços no Solo Sagrado.
Em nome de todas as Tendas Vermelhas, Tendas da Lua onde mulheres ofertaram e ainda oferta seu sangue menstrual para Terra em gratidão a Vida!As meninas, mães, anciãs, deusas... Fadas, sereias, bruxas, feiticeiras, parteiras, bailarinas, sacerdotisas, agentes de transformação, encantadoras de estórias, tocadoras de cantos e encantos, dançarinas do fogo, do vento, da terra e das águas!





Reverencio e enalteço a nós mulheres, que somos o elo essencial da mutação vida-morte- renascimento, que ensinamos os ciclos da vida, como o movimento do grão de areia que voa com o vento, com a sabedoria dos antigos rituais, tecendo a trama da energia em todas as nossas manifestações. É através do nosso Útero Sagrado que trazemos a vida a este mundo e é através da mulher Sagrada que habita dentro de nós que chegamos a Divindade.Reverencio as antigas sacerdotisas e seus templos de todas as tradições e culturas, que se uniam a divindade por meio da sexualidade sagrada. As sacerdotisas que dedicavam sua vida ao Culto da grande Mãe, a transmissão de sábios e misteriosos conhecimentos da magia e de sua arte intimamente conectada a Natureza e todos os seus ciclos.Em nome da minha Divina Essência Sagrada, em nome do Céu, em nome da Terra, em nome das águas do grande Oceano onde tudo nasce, em nome da mais nova semente e da mais antiga árvore, em nome do fogo do Sol que tudo aquece, em nome da brisa que encanta, em nome das antigas Deusas e Deuses, em nome do espírito de todos os ancestrais, agradeço a todas nós Mulheres maravilhosas, pela única e divina essência de cada uma, pelo amor incondicional, pelo carinho maternal, pela coragem e ousadia em Ser Simplesmente MULHER!
Soraya Mariani – Maio de 2008
http://www.ciranddadalua.com.br/

domingo, 3 de maio de 2009

ALGUNS RITUAIS

RITUAIS:
Os rituais obedecem a uma classificação bastante ampla, conforme as intenções. Podemos distinguir rituais sazonais, de aperfeiçoamento, de iniciação, de exploração e de libertação, embora existam rituais que não possam ser incluídos em nenhuma dessas categorias e outros, que incluem duas ou mais.
PREPARAÇÃO:
Ao iniciar um ritual, algumas pessoas começam o círculo pelo leste, outras preferem a maneira Celta e começam pelo norte.
Na Tradição Celta, o norte é sagrado, pois é pelo norte que o guerreiro entra no círculo do conhecimento, e foi pelo norte da terra que os celtas vieram para a Europa. Uma forma de traçar o círculo é dizer:


PELO PODER DA DEUSA E DO DEUS, PELOS GUARDIÕES DOS QUATRO QUADRANTES, EU TRAÇO ESTE CÍRCULO SAGRADO. DESTE ESPAÇO NENHUM MAL SAIRÁ, E NELE NENHUM MAL PODERÁ ENTRAR .


Pode-se parar em cada quadrante e convidar os Elementais para entrarem no círculo.

Antes do ritual ser iniciado, o lugar em que é traçado o círculo deve ser varrido com a vassoura para eliminar qualquer negatividade.

Mesmo assim, deve-se evitar realizar qualquer ritual em locais negativos.

Na maioria das vezes, o círculo é traçado no sentido horário durante os Sabbats e no sentido anti-horário para os Feitiços, em especial nos trabalhos para banir energias negativas.

Dentro do círculo deve haver um símbolo em cada quadrante representando os quatro elementos: água, sal ou qualquer objeto marinho para a água a oeste; uma vela ou enxofre para o Fogo ao sul; um pouco de terra ou uma planta para a Terra ao norte; e uma pena ou incenso para o Ar ao leste.

Esses elementos podem ser substituídos por velas na cor dos quadrantes.

Na Tradição Celta, as cores são: negro para o norte, representando a meia noite; vermelho para o leste, representando o nascer do sol; branco para o sul, representando o sol do meio dia; e cinza, azul ou púrpura para o oeste, representando o crepúsculo.

Antes de iniciar o ritual, tudo já deve ter sido planejado com antecedência, e as funções de cada um já devem estar determinadas.

Terminado o ritual, a mesma pessoa que traçou o círculo deve abri-lo, fazendo o traçado no sentido oposto ao da abertura, e também deve se despedir das entidades que foram convidadas e agradecer a sua ajuda, dizendo:


PELO AMOR DO DEUS E DA DEUSA, PELOS GUARDIÕES DOS QUATRO QUADRANTES, EU ABRO ESTE CÍRCULO SAGRADO.

ELE ESTÁ ABERTO, MAS NÃO QUEBRADO.

QUE ELE SEJA ENVIADO AO UNIVERSO.

QUE ASSIM SEJA PARA O BEM DE TODOS .


É muito importante a criatividade nos rituais. Eles não devem ser interrompidos e, salvo em caso de necessidade, nenhum membro deve sair do círculo até o final. Se isso tiver que ser feito, deve-se pular a vassoura para não quebrá-lo, pois, se isso ocorrer, todo o Ritual de Abertura terá que ser feito novamente. Se alguma pessoa se sentir mal, deve sair imediatamente do círculo. Grávidas, pessoas idosas ou muito jovens devem ter cuidados especiais.

Pode-se iniciar as pessoas no Coven a partir dos 13 anos, ou, no caso das meninas, após a primeira menstruação.

Não é comum crianças pequenas nos rituais, mas elas podem participar de alguns rituais em família.

Para os que têm filhos, é aconselhável que se criem rituais leves para que as crianças conheçam os Deuses e desenvolvam seu amor pela natureza.

Um exemplo seria criar um ritual simples para que as crianças consagrassem um jardim ou pedissem aos Deuses proteção para seus bichinhos de estimação.

Todo ritual que não seja de adoração, isto é, que seja feito para se alcançar um propósito ou realizar algum desejo, é chamado de Feitiço ou Encantamento.

Quase todos os desejos e problemas humanos encontram soluções nos feitiços.

Dentro da Wicca não se faz o que chamam de Magia Negra, pois acreditamos que tudo o que fizermos voltará para nós multiplicado por três.

A Magia Negra não é só aquela em que se deseja o mal para outras pessoas, ou rituais com o uso de sangue ou sacrifícios. Magia Negra também pode ser interferir no Livre Arbítrio de outras pessoas.

Isso acontece muito em feitiços de amor, pois várias pessoas desejam se casar com determinada mulher, ou que o marido volte, ou que a filha deixe aquele namorado.

Essas pessoas não parecem ter a menor preocupação com a vontade alheia. Para a tristeza das "mães bem-intencionadas", suas filhas têm o direito de escolher os seus relacionamentos e de dar cabeçadas na vida, pois, talvez, ela necessite até carmicamente dessa experiência para evoluir como ser humano. Além do mais, as pessoas têm o péssimo costume de julgar os outros pelas aparências e, muitas vezes, são vítimas de seus preconceitos e cometem grandes injustiças. É muito melhor fazer um ritual de proteção para que os Deuses orientem seus filhos no caminho certo, e deixar que eles vivam suas vidas com o mínimo de interferência.

Quanto aos rituais de amor, uma pessoa nunca deve forçar outra a amá-la, e muito menos a casar com ela. O casamento de nossos sonhos pode se tornar um grande pesadelo. Muitas pessoas se casam através desses rituais de "amarração", para verem, depois de algum tempo, aquela paixão forçada se transformar em puro ódio.

Correto seria pedir aos Deuses para que lhe mostrassem a pessoa certa para lhe fazer feliz e também ser feliz a seu lado, pois as pessoas que querem fazer feitiços de amor raramente parecem se preocupar com a felicidade do outro.

Mas se a pessoa tem certeza de que é amada, e existem obstáculos ao bom relacionamento, um feitiço pode ser feito para afastar esses obstáculos.

Sempre que terminar um feitiço, diga:


QUE SEJA PARA O BEM DE TODOS .


Confie na sabedoria dos Deuses, pois a visão deles é muito mais ampla que a nossa.

Antes do ritual deve-se determinar exatamente o que será feito, para que não haja dúvidas durante a execução.

Se tiver um Animal Guardião, poderá chamá-lo para ficar em sua companhia durante o feitiço. Para se fazer um feitiço, é importante que se tenha: desejo, concentração, visualização e expectativa. é preciso ter um forte desejo, pois um feitiço depende muito da carga emocional que você conseguir projetar nele. É preciso saber exatamente o que se quer e permenecer firme nessa idéia.

Também é necessária uma boa dose de concentração para que não se desvie do objetivo e seja possível manter uma imagem fixa do seu desejo durante o ritual.

Para que um desejo atinja os níveis mais profundos de nossa mente é necessário que ele seja expresso em imagens, pois o inconsciente trabalha através de símbolos e não de palavras. É importante que se consiga fazer uma visualização do desejo realizado, num quadro o mais perfeito possível.

No começo pode parecer difícil, mas seria bom fazer alguns exercícios de visualização, como olhar para um objeto, fechar os olhos e tentar vê-lo novamente com o máximo de detalhes ou simplesmente tentar criar cenas mentais, o mais exatas possível. Mas a boa visualização não significa apenas ver o objeto. Se imagina-se uma fruta, o certo é imaginar seu gosto, cheiro, textura etc. A boa visualização leva em conta todos os sentidos.

Finalmente, é preciso ter uma expectativa favorável, isto é, é preciso acreditar realmente que o feitiço vai funcionar. Muitas vezes essa é a parte mais difícil, pois seria preciso manter o espírito confiante de uma criança, mas as pessoas, com o passar do tempo, aprender a duvidar, especialmente se o feitiço demora um pouco para acontecer.

Tudo no Universo tem seu tempo certo, e às vezes é preciso ter paciência e esperar o momento favorável.

Em muitos feitiços pode ser necessário usar um Condensador Psíquico, isto é, uma substância que ajuda a concentrar energias. Um ótimo condensador é a camomila.

Deve ser feito um chá bem forte, que deve ser coado e esfriado.

Durante o feitiço deve-se deixar cair algumas gotas no material utilizado. A concentração de energia será muito mais rápida e fácil.

Por último, é preciso ter paciência e aprender com os próprios erros, pois, quando se está começando no mundo da Bruxaria, nem tudo ocorre como desejado.

RITUAIS SANZONAIS:

São celebrados para assinalar acontecimentos especiais e os principais são os solstícios e os equinócios, que se alternam a cada 3 meses e que representam as mudanças das marés psíquicas.

O mago considera que cada uma das 4 estações tem uma correspondência com sua própria psique, por ex: o elemento água é equiparado ao período entre o solstício de inverno e equinócio de primavera, e nesse tempo, sua alma se purifica, eliminando resquícios psicológicos desgastados e indesejáveis, preparando-se para um novo crescimento na maré do equinócio de primavera, que em geral, equivale ao fogo. É um processo consciente, contínuo, de crescimento psíquico, que se vale das estações do ano como um contexto natural e adequado.

RITUAIS DE APERFEIÇOAMENTO:

Podem ser de dois tipos: gerais ou específicos.

Têm o intuito de equilibrar uma distorção de caráter, que pode ser individual ou em grupo.


RITUAIS DE INICIAÇÃO:

Normalmente são rituais de grupo, ocasião em que um novo membro aprende o simbolismo específico utilizado pelo grupo. Pode não ser feito em grupo também.

Normalmente é encenado um drama de renascimento, no qual o iniciado tem o papel principal.

A idéia é de induzir o novo membro a um renascimento da consciência, para se conseguir que as realidades interiores alcancem a mesma força das exteriores.

A medida em que vai acumulando experiência, o iniciado aprende a ver com seu olho interior e a perceber a realidade interior, da qual a ação física é apenas o reflexo externo.

Existem muitos níveis de Iniciação, variando conforme o conhecimento do iniciado, e a cada nível, pode ser marcada uma nova cerimônia. Tais cerimônias, quando em níveis muito elevados, costumam ser realizadas em um templo que não foi construído por mãos humanas.


RITUAIS DE EXPLORAÇÃO:

Dão continuidade ou incorporam a técnica da imaginação ativa, conhecida como viagem astral ou a concentração sobre uma visão espiritual.

Em geral incluem uma cerimônia formal de abertura e encerramento, com algum trabalho original, em sua parte central que não costuma ser preparado antes.

Esse trabalho pode ser uma meditação em grupo ou individual, que por ser feita na atmosfera mais elevada das condições rituais, é mais proveitosa que a meditação informal (e individual, muitas vezes).

RITUAIS DE LIBERTAÇÃO:

São muito semelhantes aos rituais de Aperfeiçoamento, porém mais estreitamente ligados a determinados tipos de oração. Podem ter o objetivo de acalmar as almas dos que chamamos de mortos e que podem estar perturbadas por algum motivo. Podem também ter o objetivo de preocupar-se em auxiliar para que a luz do Cristo brilhe em obscura áreas de horror e terror, ajudando os que necessitam.


VESTIMENTAS E OBJETOS:

Representam uma parte essencial da cerimônia (não são indispensáveis, mas servem como um forte reflexo exterior do que se passa em nosso interior), porque quando entramos num ritual, nos despimos de nossa personalidade cotidiana e vestimos uma versão mágica - a que corresponde ao rito. Somos então, auxiliados pelos símbolos e pela vestimenta.

RITUAL DA LUA OU "PUXAR A LUA PARA BAIXO":
Esse Ritual deve ser feito antes de um Sabbat ou Feitiço.

Sente-se com a coluna reta. Imagine que uma grande Lua Cheia está sobre a sua cabeça e invade todo o seu corpo.

Mantenha essa visualização de olhos fechados por alguns minutos. Depois, se estiver num espaço aberto, olhe para a Lua. Se estiver num espaço fechado, abra os olhos e relaxe por alguns instantes.

Este Ritual é feito somente por mulheres. Para o homem, é mais comum imaginar ou fazer incidir o reflexo da Luz num espelho, para depois imaginar que sua Luz entra pelo Chacra Frontal (espaço entre as sobrancelhas).

UM SIMPLES RITUAL DE CONSAGRAÇÃO:
Espalhe sal sobre a ferramenta e diga:
-"Eu vos consagro com a Terra. Que esta (Ferramenta) seja revestida com todas as virtudes da Terra e que as bênsãos do elemento se multipliquem cada vez que ela for usada".
Em seguida, passe a ferramenta pelo insenso sendo queimado, simbolizando o Ar, com as palavras:
-"Eu vos consagro com Ar. Que esta (Ferramenta) seja revestida com todas as virtudes do Ar e que as bênçãos do elemento do Ar se multipliquem cada vez que ela for usada".
Agora, passe a ferramenta pela chama, dedicando-a ao fogo, e diga:
-"Eu vos consagro com fogo. Que esta (Ferramenta) seja revestida com todas as virtudes do Fogo e que as bênçãos do elemento Fogo se multipliquem cada vez que ela for usada".
Em seguida respingue Água sobre a ferramenta e diga:
-"Eu vos consagro com a Água. Que esta (Ferramenta) seja revestida com todas as virtudes da Água e que as bênçãos do elemento Água se multipliquem cada vez que ela for usada".
Por fim, erga e segure a peça em oferenda ao Deus e à Deusa, dizendo:
-"Senhor e Senhora, ouçam-me. Eu ofereço esta (Ferramenta) para sua bênção. Que ela seja útil para fins sérios e que lhe renda homenagens. Que assim seja".

TERCEIRO OLHO:
Realize esse ritual neopagão para aprimorar os poderes psíquicos três dias antes da lua cheia e, preferivelmente, quando ela estiver nos signos astrológicos de Câncer, Peixes ou Escorpião.
Comece preparando um chá mágico bem forte de Artemísia ou mil - folhas (ervas que estimulam os sentidos psíquicos) e acenda treze velas votivas de cor púrpura para ajudar a atrair as influências psíquicas.
Tome o chá e olhe fixamente para um espelho mágico, uma bola de cristal ou uma pirâmide de cristal enquanto entoa três vezes o seguinte encantamento:


EU TE INVOCO, OH ASARIEL, ARCANJO DE NETUNO E GOVERNANTE DOS PODERES DA CLARIVIDÊNCIA. EU TE PEÇO QUE ABRAS O MEU TERCEIRO OLHO E QUE ME MOSTRES A LUZ OCULTA. PERMITE-ME VER O FUTURO. PERMITE-ME VER O PASSADO. PERMITE-ME PERCEBER OS DIVINOS REINOS DO DESCONHECIDO. PERMITE-ME A SABEDORIA DO SAGRADO UNIVERSO. ASSIM SEJA.


Após isso, relaxe, respire lentamente e se concentre para abrir o seu Terceiro Olho.

Não permita que pensamentos negativos contaminem sua mente.
O Terceiro Olho, "chakra" invisível localizado no centro de sua testa, acima do espaço entre as sobrancelhas, é a fonte de poder mais elevada do corpo humano, da visão sobrenatural e da clarividência.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

AS TRADIÇÕES NA WICCA



DEFINIÇÃO:
Tradição, literalmente transmissão (latim: traditio, tradere = entregar).


Em grego, na acepção religiosa do termo, a expressão é paradosis (παραδοσις).

Tradição mais precisamente é uma transmissão oral de lendas ou narrativas ou de valores espirituais de geração em geração. Uma crença de um povo, algo que é seguido conservadoramente e com respeito através das gerações. Uma recordação, memória ou costume.

Conhecimento ou prática proveniente da transmissão oral ou de hábitos inveterados.

A tradição e sua presença na sociedade baseiam-se em dois pressupostos antropológicos:


a) as pessoas são mortais;


b) a necessidade de haver um nexo de conhecimento entre as gerações.

Tem-se por tradição no sentido amplo tudo aquilo que uma geração herda das suas precedentes e lega às seguintes.

Os aspectos específicos da tradição devem ser vistos em seus contextos próprios: tradição cultural, tradição religiosa, tradição familiar e outras formas de perenizar conceitos, experiências e práticas entre as gerações.

No campo religioso é onde mais se aplica este conceito. A tradição toma feições mais peculiares em cada crença. Pode-se destacar a presença da tradição nos grandes grupos religiosos: Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo.


Resumindo,Tradição "é um método específico de ação, atitude ou ensinamentos que são passados de geração para geração”.

Falar sobre Tradição não é um assunto simples dentro da Bruxaria.
Por exemplo, na Wicca consiste em um conjunto de rituais, ética, instrumentos e crenças que são passados para os iniciados de um determinado coven.

Ela mesma é subdividida em diversas Tradições, cada uma com sua própria estrutura, rituais e mitos próprios passados de praticante para praticante.
Mas todas elas seguem um mesmo princípio:

A celebração da Deusa e do Deus através de rituais sazonais ligados à Lua e ao Sol, os Sabaths e Esbaths.
O respeito à Terra, que é encarada como uma manifestação da própria Deusa.
A magia é vista como uma parte natural da Religião e é utilizada com propósitos construtivos, nunca destrutivos.
O proselitismo é tido como inadmissível.

Modificada de uma Tradição para outra, a filosofia, os ritos, as concepções são diversas e diferentes e isso acontece, às vezes, dentro de uma mesma linha. Com uma certa freqüência, algumas Tradições não reconhecem um iniciado em outra, o que faz com que muitos praticantes da Bruxaria se iniciem em mais de uma Tradição distinta.

Existem alguns pontos divergentes entre as diversas Tradições, como por exemplo, o Livro das Sombras.
Cada uma possui seu próprio onde são descritos seus Ritos sagrados e as idéias sobre a Divindade.

Em alguns casos é comum os integrantes de uma Tradição afirmar que o seu Livro é o único descendente do primeiro Livro das Sombras redigido.
Outro ponto de divergência entre as Tradições relaciona-se à hierarquia.

Algumas são extremamente hierárquicas, enquanto em outras a hierarquia é inadmissível e tida como tabu.

Algumas Tradições aceitam e incentivam seus membros a praticarem Bruxaria sozinhos, enquanto em outras é terminantemente proibido a prática mágica de qualquer tipo fora do Coven e sem a supervisão do Alto Sacerdote ou da Alta Sacerdotisa.

Devido à grande quantidade de tradições existentes, e da pouca ou nenhuma informação disponível sobre elas, torna-se difícil escolher uma definida.



ALGUMAS TRADIÇÕES
Por necessidade, estas definições são gerais, pois cada Bruxo mesmo que faça parte de uma Tradição específica poderia definir seu caminho como sendo diferente.

Tradição 1734: A tradição 1734 de Wiccan foi desenvolvida por Robert Cochrane, um poeta britânico e o filósofo. Procurou restaurar “a velha religião”.
A tradição 1734 é desenvolvida fora de uma série da correspondência entre Robert Cochrane e Joseph Wilson, um americano.
A tradição 1734 não há nenhuma estrutura hierárquica oficial. Focaliza no meditação.
A tradição 1734 usa um arranjo diferente da colocação dos elementos e de seus rituais do que a maioria de tradição de Wiccan.
Tipicamente britânica é às vezes uma Tradição eclética baseado nas idéias do poeta Robert Cochrane, um auto-intitulado Bruxo hereditário que se suicidou através da ingestão de uma grande quantidade de beladona. 1734 é usado como um criptograma (caracteres secretos) para o nome da Deusa honrada nesta tradição.

Tradição Alexandrina: Uma Tradição popular que começou ao redor da Inglaterra em 1960 e foi fundada por Alex Sanders. A Tradição Alexandrina é muito semelhante a Gardneriana com algumas mudanças menores e emendas. Esta Tradição trabalha à maneira de Alex e Maxine Sanders, que diziam terem sido iniciados por sua avó em 1933. A maioria dos rituais são muito formais e embasados na Magia cerimonial. É também uma tradição polarizada, onde a Sacerdotisa representa o princípio feminino e o Sacerdote o princípio masculino. Os rituais sazonais, na maior parte são baseados na divisão do ano entre o Rei do Azevinho e o Rei do Carvalho e diversos dramas rituais tratam do tema do Deus da Morte/Ressurreição. Como na Tradição Gardneriana a Sacerdotisa é elevada à autoridade máxima. Entretanto, os precursores para ambas Tradições foram homens. Embora similar a Gardneriana, a Tradição Alexandrina tende a ser mais eclética e liberal. Algumas das regras estritas Gardnerianas, tais como a exigência do nudismo ritual, são opcionais.
Alex Sanders intitulou-se a certa altura “Rei das Bruxas”, considerando que o grande número de pessoas que tinha iniciado na sua tradição lhe dava esse direito. Nem os seus próprios discípulos o levaram muito a sério, e para a comunidade Pagã no geral esse título foi apenas motivo de troça, quando não de repúdio. Janet e Stewart Farrar são os mais famosos Bruxos que divulgaram largamente a Tradição Alexandrina em suas publicações.

Tradicional Britânica:
Uma Tradição com uma forte estrutura hierárquica e graus. Os Rituais estão centrados na Tradição Céltica e Gardneriana.
Wicca Céltica: Uma Tradição muito telúrica, com enfoques na natureza, os elementos e elementais, algumas vezes fadas, plantas, etc. Muitas “Bruxas Verdes” (Green Witches) e Adeptos do Druidismo seguem este caminho, centrado no panteão Céltico antigo e em seus Deuses e Deusas.

Tradição Caledoniana ou Caledonni: Uma tradição que tenta preservar os antigos festivais dos escoceses e às vezes é chamada de Tradição Hecatina.

Tradição Picta: É uma das manifestações da Bruxaria tipicamente escocesa. Na maioria das vezes é uma forma solitária da Arte. Seu enfoque prático é basicamente mágico e possui poucos elementos religiosos e filosóficos.

Bruxaria Cerimonial: Usa a Magia cerimonial para atingir uma conexão mais forte com as divindade e perceber seus propósitos mais altos e suas habilidades. Seus Rituais são freqüentemente derivações da Magia Cabalística e Magia Egípcia. Embora certamente, mas não de forma intencional, este caminho é infestado freqüentemente por egoístas e pessoas inseguras que usam a Magia Cerimonial para duas finalidades (adquirir tudo aquilo que querem, atingir níveis mais altos para poderem olhar de cima). Estes atributos não são uma regra em todos os Bruxos Cerimoniais, e há muitos Bruxos sinceros neste caminho.

Tradição Diânica: Algumas Bruxas Diânicas só enfocam seus culto na Deusa, são muito politicamente ativos, e feministas. Outras simplesmente enfocam seu culto na Deusa como uma forma de compensar os muitos anos de domínio Patriarcal na Terra. Algumas usam este título para denotar que são “as Filhas de Diana”, a Deusa protetora delas. Há Bruxas Diânicas que são tudo isto, algumas que não são nada disto, e outras que são um misto disto. A Arte Diânica possui duas filiais distintas: Uma filial, fundada no Texas por Morgan McFarland que dá a supremacia à Deusa em sua thealogy, mas honra o Deus Cornífero como seu Consorte Amado e abençoado. Os membros dos Covens dividem-se entre homens e mulheres. Esta filial é chamada às vezes “Old Dianic” (Velha Diânica), e há alguns Covens descendentes desta Tradição, especialmente no Texas. Outros Covens, similares na thealogy, mas que não descendem diretamente da linha de McFarland, e que estão espalhados por todo EUA.
A outra filial, chamada às vezes de Feitiçaria Feminista Diânica, focaliza exclusivamente a Deusa e somente mulheres participam de seus Covens e grupos. Geralmente seus rituais são livres e não são hierárquicos, usando a criatividade e o consenso para a realização de seus rituais. São politicamente um grupo feministas. Há uma presença lésbica forte no movimento, embora a maioria de Covens estejam abertos a mulheres de todas as orientações.

Tradição Georgina: Esta Tradição foi criada por George Patterson, que se auto intitulou como sendo um “Sumo Sacerdote Georgino”. Quando começou o seu próprio Coven, chamou-o de Georgino, já que seu prenome era George. Se há uma palavra que melhor pode descrever a Tradição de George, seria “Eclética”. A Tradição Georgina é um composto de rituais Celtas, Alexandrinos, Gardnerianos e tradicionais. Mesmo que a maior parte do material fornecido aos estudantes sejam Alexandrinos, nunca houve um imperativo para seguir cegamente seu conteúdo. Os boletins de noticias publicados pelo fundador da Tradição estavam sempre cheio de contribuições dos povos de muitas outras Tradições. Parece que a intenção do Sr. Patterson era fornecer uma visão abrangente aos seus discípulos.

Ecletismo:
Um Bruxo eclético é aquele que funde idéias de muitas Tradições ou fontes. Assim Como no caldeirão de uma Bruxa, são somados elementos para completar a poção que é preparada, assim também são somadas várias informações de várias Tradições para criar um modo mágico de trabalhar. Esta "Tradição" que realmente não é uma Tradição é flexível. Geralmente, são criados rituais e Covens de estrutura livre.

Tradição das Fadas ou Fairy Wicca: Há várias facções da Tradição das Fadas. Segundo os membros desta Tradição, seus ritos e conhecimentos tiveram origem entre os antigos povos da Europa da Idade do Bronze, que ao migrarem para as colinas e altas montanhas devido às guerras e invasões ficaram conhecidos como Sides, Pictos, Duendes ou Fadas. Uma Bruxa desta Tradição poderia ser ou trabalhar com energias da natureza e espíritos da natureza, também conhecidos como fadas, Duendes, etc. Alguns dos nomes mais famosos desta Tradição são Victor e Cora Anderson, Tom Delong (Gwydion Penderwyn), Starhawk, etc. .
Os seus Precursores são Victor Anderson - nasceu em 1917 e dizia-se descendente de Havaianos e Africanos. Ele foi iniciado no Coven Harpy, em Bend, Oregon, ainda em sua adolescência. O Coven Harpy era um Coven da Fairy Tradition (Tradição das Fadas), que se distinguia muito dos Círculos Gardnerianos e Neo-Pagãos vigentes até então. O Coven Harpy se dissolveu na época da segunda guerra mundial. Victor Anderson casou-se com Cora em 1944 e juntos começaram a introduzir outros conhecimentos e práticas, inclusive materiais das Tradições Gardneriana a Alexandrina, à Tradição das Fadas e resultou no que mais tarde passou a ser chamada de Fairy Wicca ou Feri Faith. Em 1960, Victor e Cora conheceram Gwydion Pendderwen que se tornou um dos mais renomados iniciados do casal Anderson. Gwydion espalhou os conhecimentos da Fairy Wicca na comunidade Neo-Pagã dos anos 70 até meados de 80. Infelizmente Gwydion morreu em um acidente de automóvel em 1981, mas deixou belos cânticos e invocações utilizadas até hoje na liturgia da Tradição. Abaixo dois textos tradicionais da Fairy Wicca, um escrito por Gwydion e outro por Victor Anderson:

O Nome
Por Gwydion Pendderwen
“Ela é a uivadora dos muitos ventos”.
Seu nome é as cinco estações do ano.
Amante do primeiro Senhor
Mãe de dúzias de Deuses que andam pelos caminhos estrelados
Irmã e Esposa do Portador da Luz
Mulher Ela é, de nobre poder da paixão
Branca e azul ao mesmo tempo e ainda o Arco-íris,
Negra como o nulo sonho escuro “ ”.

Bênçãos
Por Victor Anderson - do livro "Espinhos da Rosa de Sangue" editado em 1970
“Tu de todos os sagrados, ultrajados e sábios nomes”.
Mãe de rameiras e iniqüidades,
Que suporta o fiel na destruição e chamas,
Confessando ações vis e blasfêmias.
Pela Terra, Seu corpo fértil, Abençoada Seja.
E pelas Águas Viventes do Seu útero,
Pelo Ar, Seu sopro que se move no mar,
Pelo chamado de vida da grama verde da tumba,
Pelo Fogo, Seu Espírito,
Abençoada Seja com poder!
As Crianças de Seu Amor nascem entre a destruição
Possa haver Luz e clareza nas horas negras
Brilhe Lua Branca, Cresça nos caminhos
De cada um , eterno caminho apaixonado.
Abençoe e ilumine a todos,
Evo-he ““.



História da Tradição

A Fairy Wicca ou Tradição das Fadas tem em comum com as outras vertentes da Arte uma tradição linear de mistérios e poder. Seus membros acreditam na comunicação direta com a Divindade. Isto é um contraste com algumas outras Tradições que praticam o psicodrama ritual em larga escala. Entre as características que mais distingue a Fairy Wicca está o uso do Poder das fadas, que caracteriza a linhagem desta vertente Wiccana, pois segundo os membros desta Tradição, seus ritos e conhecimentos tiveram origem entre os antigos povos da Europa da Idade do Bronze, que ao migrarem para as colinas e altas montanhas, devido às guerras e invasões, ficaram conhecidos como Sides, Pictos, Duendes ou Fadas.
Nesta Tradição é dada uma forte ênfase à expansão da consciência. É uma Tradição voltada à exploração espiritual. Os Fairy Wiccans respeitam profundamente a sabedoria da natureza e tudo o que a envolve. Os Deuses não são vistos como forças psicológicas, arquetípicas ou manifestação do inconsciente coletivo, mas são reais, com um sistema de moralidade diferente do nosso próprio e nós teríamos responsabilidade com cada um deles. Há um corpo específico de cantos e material litúrgico da Tradição. Muito disto se originou com Victor Anderson e Gwydion Pendderwen que forneceram um arsenal para muitos Círculos em funcionamento, cuja criatividade poética é altamente estimada. As práticas mágicas da Fairy Wicca (ou Feri, como Victor chama) são altamente invocatórias, encorajam a manifestação direta dos Deuses através de práticas como "Puxar a Lua Para Baixo", que confere talentos psíquicos ou sensibilidade especial para algumas práticas específicas.
Os Ritos da Fairy Wicca possuem diversos estilos e podem ser tirados de muitas fontes. Há uma linhagem iniciatória traçada desde Victor e Cora Anderson e Gwydion Pendderwen. As energias trabalhadas nesta Tradição incluem:
o a visualização do fogo azul;
o um corpo de material poético e litúrgico;
o Deuses e arquétipos específico da Tradição;
o a doutrina dos Três Selfs;
o o uso de um cíngulo de cor específica;
o um sentido de "tribo" ou "clã” para o Coven;
o a veneração ao Deus Cornífero como o Filho Amado e Consorte da Deusa.

Hoje existem várias facções da Tradição das Fadas, mas podemos apontar como característica inerente à maioria dos praticantes dela o uso dos espíritos da natureza, conhecidos como Fadas, Duendes, Gnomos, etc. em seus rituais. Embora o Victor Anderson seja reconhecido mundialmente como o professor-fundador desta Tradição, é possível identificar influências que formaram a Fairy Wicca antes de sua forma presente evoluir para ser o que é hoje.
Há influência de uma dispora africana muito forte, principalmente Dahomeana, e a Teoria do 3 Selfs (Selves-em inglês correto) foi trazida da Magia Kahuna. O material de Victor não é a única fonte dentro da Tradição e existem inúmeros outros.
A Fairy Wicca é uma Tradição extremamente aberta à evolução e cada iniciado traz uma direção nova às suas práticas e rituais. Alguns praticantes, como Gwydion e Eldri Littlewolf, enredaram em caminhos Xamânicos, além de trabalharem extensivamente com a Religião Céltica. Outras influências (como a Meditação Tibetana e Magia Cerimonial) começaram a fazer parte da Tradição com Gabriel Caradoc. Victor, Gwydion, Caradoc, Brian Dragon e Paladin escreveram lindas poesias e liturgias para rituais que são utilizadas até hoje pelos praticantes da Fairy Wicca em todo o mundo. As aulas de Gabriel forneceram treinamentos excelentes na liturgia da Tradição e seus estudantes continuam a transmitir seus ensinamentos. Francesca De Grandis, que compôs Sharon Knight, adicionou sua inspiração para o corpo de material litúrgico da Tradição e Starhawk usou os conceitos desenvolvidos na Fairy Wicca, expressando suas convicções e práticas, mas fornecendo explicações mais claras sobre o conceito dos 3 selfs e uso do Pentáculo de Ferro.

O Conceito do Self e os Pentáculos

Na Fairy Wicca, o conhecimento humano é dividido em 3 Selfs, Eus ou almas, como também são chamados. Eles são:
o Self Jovem;
o Self Discursivo;
o Self Profundo.

Os 3 Selfs podem nos ajudar a compreender como somos, como funcionamos e integrar as várias partes do nosso ser. O Self é o Eu, a individualidade e a identidade de cada ser humano. Cada pessoa utiliza mais um tipo de Self que o outro e, segundo a Fairy Wicca, é isso que a caracteriza cada um de nós. Além disso, podem ser muito úteis na hora de manipular a energia nos trabalhos mágicos. Abaixo uma pequena correspondência dos 3 Selfs:

Self Jovem: representa a mente inconsciente, ao hemisfério direito do cérebro. Nos comunicamos com ele através de símbolos, imagens e sensações. É ele que nos impulsiona a seguir em direção de nossos sonhos mais recontidos e a arriscar. Está associado à energia elemental do corpo (Raith), já que é através dele que recebemos energia e vitalidade. O Self Jovem percebe o fluxo das energias e se comunica sem a necessidade de palavras. Ele trabalha com o mundo das puras sensações que podem ser visuais ou auditivas. O Self Jovem contém toda a memória das experiências passadas, que emergem através dos instintos. No corpo humano, sua força está concentrada no Chakra Básico. Sua energia é gerada através da água e ar puros, exercícios físicos, sexo e através do transe.

Self Discursivo: representa a mente consciente, o hemisfério esquerdo do cérebro. É ele que organiza o que é concebido pelo Self Jovem. Ele funciona através da análise. É com ele que julgamos, inquerimos, culpamos e nos deixamos culpar. É ele que forma a realidade escondida por trás das aparências, racionaliza e define as experiências sensoriais. Aqui se encontra presente os nossos instintos sociais e necessidades. No corpo humano sua força está concentrada no Chakra Cardíaco. Sua energia é gerada através da combinação da energia de todos os seres.
Self Profundo: é o Divino que existe dentro de cada um de nós e não há referências psicológicas para explicá-lo. O Self profundo representa o espírito, a essência, que existe além do matéria, espaço e tempo. Ele é a junção das polaridades. Ele é o espírito que nos impulsiona e guia. Está associado diretamente ao Self Jovem e indiretamente ao Discursivo. É através dele que estabelecemos conexão com o Divino e a possibilidade de conhecer o passado, presente e futuro. A sua força está concentrada em nossa aura e no nosso Chakra Coronário. Sua energia é gerada pelo Universo e ritos sagrados.

*O Pentáculo de Ferro:

O Pentáculo de Ferro é um dos principais símbolos, utilizados na Tradição das Fadas, para possibilitar que cada pessoa trabalhe suas habilidade mágicas. Através dele aprendemos a dar forma às energias, transformar-se e explorar os 5 pontos do nosso Pentáculo interno:
o Sexo: que é a energia Primal;
o Self: o nosso Eu;
o Paixão: as emoções;
o Orgulho: A auto-estima;
o Poder: O poder interior.
Cada um desses pontos está associado a uma ponta do Pentagrama e o intuito de trabalhar com o Pentáculo de Ferro é fazer com que as 5 pontas estejam em perfeito equilíbrio e harmonia. O Pentáculo de Ferro é apenas uma das 3 formas principais de desenvolver e fortalecer o poder em cada pessoa segundo esta Tradição. Além dele existem mais outras duas que são consideradas essenciais:

*O Pentáculo de Pérola:

Que possui as pontas do amor, sabedoria, conhecimento, lei e poder.

*O Pentáculo de Chumbo:
Que possui as pontas do nascimento, Iniciação, consumação, repouso e morte

Tradição Gardneriana: Fundada por Gerald Gardner nos anos de 1950 na Inglaterra. Esta tradição contribuiu muito para Arte ser o que é hoje. A estrutura de muitos rituais e trabalhos mágicos em numerosas tradições são originárias do trabalho de Gardner. Algumas das reivindicações históricas feitos pelo próprio Gardner e por algumas Bruxas Gardnerianas têm que ainda serem verificadas (e em alguns casos são fortemente contestadas), porém, esta Tradição apoiou muitas Bruxas modernas. Gerald B. Gardner é considerado "o avô" de toda a Neo-Wicca. Foi iniciado em um Coven de Newforest, na Inglaterra em 1939. Em 1951 a última das leis inglesas contra a Bruxaria foi banida (primeiramente devido à pressão de Espiritualistas) e Gardner publicou o famoso livro ”Witchcraft Today”, trazendo uma versão dos rituais e as tradições do Coven pelo qual foi iniciado.
Gardnerianismo é uma tradição extremamente hierárquica. A Sacerdotisa e o Sacerdote governam o Coven, e os princípios do amor e da confiança presidem. Os praticantes desta Tradição trabalham "Vestidos de Céu" (nus), além de manterem o esquema de Seita Secreta. Nos EUA e Inglaterra os Gardnerianos são chamados de "Snobs of the Craft" (Snobes da Arte), pois muitos deles acreditam que são os únicos descendentes diretos do Paganismo purista.Cada Coven Gardneriano é autônomo e é dirigido por uma Sacerdotisa, com a ajuda do Sacerdote, Senhores dos Quadrantes, Mensageiro, etc. Isto mantém o linhagem e cria um número de líderes e de professores experientes para o treinamento dos Iniciandos. A Bíblia Completa das Bruxas (The Witches Bible Complete) escrita por Janet e Stuart Farrar, como também muitos livros escritos por Doreen Valiente têm base nesta Tradição e na Tradição Alexandrina em muitos aspectos.

Tradição Hecatina: Uma Tradição de Bruxos que buscam inspiração em Hécate e tentam reconstruir e modernizar os rituais antigos da adoração a esta Deusa. É algumas vezes chamadas de Tradição Caledoniana ou Caledonii.

Bruxo Hereditário ou Tradição Familiar: Um Bruxo que normalmente foi treinado por um ente familiar e/ou pode localizar sua história familiar em outro Bruxo ou Bruxos. Os Bruxos Hereditários são pessoas que têm, ou supõem ter, uma ascendência Pagã (mãe, tia e avó são os alvos mais visados). A maioria dos Hereditários não aceitam a infiltração de outras pessoas fora de sua dinastia, porém algumas Tradições Familiares “adotam” alguns membros, escolhidos “a dedo” em seu segmento.

Bruxa de Cozinha: Uma Bruxa prática que é freqüentemente eclética enfoca e centra sua magia e espiritualidade ao redor do “forno e do lar”.

Seax-Wicca ou Wicca Saxônica: Fundada em 1973, pelo autor prolífico, Raymond Buckland que era, naquele momento, um Bruxo Gardneriano. Uma das primeiras tradições precursoras em Bruxos solitários e o auto-iniciados. Estes dois aspectos fizeram dela um caminho popular.

Bruxo Solitário: Uma pessoa que pratica a Arte só (mas pode se juntar às festividades de Sabbat em um Coven ou com outros Bruxos Solitários ocasionalmente). Um Bruxo Solitário pode seguir quaisquer das Tradições, ou nenhuma delas. A maioria de Bruxos ecléticos são Solitários.

Tradição Strega: Começou ao redor na Itália em 1353. A história controversa sobre esta Tradição pode ser achada em muitos locais e em muitos livros. Aradia ...Gospell of the Witches (Aradia...A Doutrina das Bruxas) é um deles.

Tradição Teutônica ou Nórdica: Teutônicos são um grupo de pessoas que falam o norueguês, fosso, islandês, sueco, o inglês e outros dialetos europeus que são considerados “idiomas Germânicos”. Um Bruxo teutônico acha freqüentemente inspiração nos mitos tradicionais e lendas, Deuses e Deusas das áreas onde estes dialetos se originaram.

Tradição Asatrú: Teve suas origens no Norte da Europa e é uma das facções das Tradições Teutônica e Nórdica. Esta Tradição é praticada hoje por aqueles que sentem uma ligação com os nórdicos e teutônicos e que desejam estudar a filosofia e religiosidade da antiga Escandinávia, através dos Eddas e Runas. Encoraja um senso de responsabilidade e crescimento espiritual, freqüentemente embasados nos conceitos atribuídos aos nobres guerreiros de tempos ancestrais.

Tradição Algard:
Uma americana iniciada nas Tradições Gardneriana e Alexandrina, chamada Mary Nesnick, fundou essa "nova" tradição que reúne ensinamentos de ambas tradições sob uma única insígnia.

Bruxaria Tradicional: Todo Bruxo tradicional dará uma definição diferente para este termo. Um Bruxo tradicional é aquele que freqüentemente prefere o título de Bruxo a Wiccano e define os dois como caminhos muito diferentes. Um Bruxo tradicional fundamenta seu trabalho mágico em métodos históricos da tradição, religiosidade e geografia de seu país.

Tradição Galesa de Gwyddonaid: Uma Tradição Galesa Céltica da Wicca, que adora o panteão galês de Deuses e Deusas. Gwyddonaid foi quem grosseiramente traduziu a ignóbil obra galesa "Árvore da Bruxa (Tree Witch)" e propagou esta forma de trabalhar magicamente.

As Tradições
Veja resumo por datas abaixo, respectivamente pela ordem: Ano de Fundação / Nome da Tradição e/ou Fundador.

1951 Gerald Gardner e seu Coven
1953 Tradição Traditionalist (Cochrane) Witchcraft
1954 Tradição Rhean.
1955 Tradição Boread.
1957 Tradição 'Brighton Coven Craft’
1963 Tradição Alexandrian Witchcraft
1964 Tradição 1734
1965 Tradição 'Sara Cunningham's Family’
1966 Tradição The Regency
1968 Tradição Ordem da Silver Crescent
1968 Ordem Majestic / Tradição Majestic.
1968 Tradição Church and School of Wicca.
1967 Tradição Alexandrian Witchcraft (Ramo Alemão)
1969 Tradição American / Mohsian
1970 Tradição Alexandrian Witchcraft (U.S.A.)
1970 Tradição Dianic (MacFarland) Witchcraft de Wicca Feminista
1970 Tradição Pagan Way Witchcraft
1970 Tradição American Celtic (Sheban)
1970 Tradição Sisterhood and Brotherhood of Wicca
1970 Tradição Du Bandia Grasail Line
1970 Tradição Church of the Eternal Source
1970 Tradição Sicilian Witchcraft (na América)
1972 Tradição Keepers of the Ancient Mysteries
1972 Tradição Seax-Wicca
1973 Tradição Kingstone
1973 Tradição Americana da Assembly of Wiccan
1973 Tradição Open Goddess Tradition
1973 Tradição Druidic Craft of the Wise
1974 Tradição Dianic Feminist Witchcraft
1974 Tradição Isian
1974 Tradição Western Isian
1974 Tradição Algard Witchcraft
1974 Tradição American Traditional Witchcraft
1975 Tradição Blue Star Witchcraft
1975 Tradição Minoan Brotherhood
1975 Tradição Maidenhill Tradition
1975 Tradição Ganymede/Chthonioi branch
1975 Tradição Gardnerian-Eclectic Witchcraft
1975 Tradição Halifax
1975 Tradição Ravenwood
1976 Tradição Cerridwen
1976 Tradição Glainn Sidhr Witchcraft
1976 Tradição 'The Tradition'
1976 Tradição The Roebuck / Ancient Celtic Church
1977 Tradição Temple of Danann
1978 Tradição Hyperborean
1978 Tradição Celtic Wicca (Nossa Senhora do Encantamento)
1979 Tradição Odyssian Tradition (Wiccan Church of Canada)
1980 Tradição Unicorn
1980 Tradição Minnesota Church of Wicca
1980 Tradição Celtic Traditionalist (Fox woods) Witchcraft
1982 Tradição Minoan Sisterhood
1982 Tradição Alexandrian Witchcraft (Irlanda)
1983 Tradição Aquarian Tabernacle
1984 Tradição Communitarian Witchcraft / Wicca Communitas
1983 Tradição Windblown
1985 Tradição New Albion
1985 Tradição Pagans for Peac
1985 Tradição Pagan Way Witchcraft
1985 Tradição Caledonii Tradition
1986 Tradição do NFG branch
1986 Tradição Rainbow Wheel
1986 Tradição North wind
1986 Tradição Sacred Grove
1987 Star Kindler
1987 Tradição Star Kindler
1990 Tradição Eleusinian Tradition
1990 Tradição Blackring Witchcraft
1990 Tradição Serpentstone
1990 Tradição Star Sapphiran
1990 Tradição Crystal Moon
1990 Tradição Chthonian Tradition
1990 Tradição Ceili Sidhe
1991 Tradição Protean
1991 Tradição Neo-Alexandrian Witchcraft (Canadá)
1991 Tradição Black Forest
1991 Tradição Protean
1991 Tradição Califórnia Gardnerian (CalGard) Witchcraft
1992 Tradição Tuatha De Danann Tradition
1993 Tradição Daoine Coire
1994 Tradição Cornfield Tradition
1996 Tradição Aglaian
1996 Tradição Reformada
1996 Tradição Oldenwilde Traditional Witchcraft
1997 Tradição Knight Phases
1997 Prytani Tradition (Clan Ragan)
1997 Tradição Morganan Tradition
1997 Tradição Elemental Spirit
1977 Tradição Brighton Traditional Craft
1997 Tradição Dragon's Weave
1998 Tradição Earthwise
1998 Tradição Evergreen Tradition.





ALGUMAS VERTENTES PAGÃS


WICCA

É uma religião neopagã, divulgada e denominada originalmente pelo funcionário público britânico Gerald Gardner.
Embora essa "fundação" tenha ocorrido provavelmente na década de 1940, só foi revelada publicamente em 1954.

Vale lembrar que a Wicca não foi uma religião criada a partir do nada nesse período, mas sobrevivente a toda a ascensão do Patriarcado até a Idade Média.

Veio a público nesse período, pois a Bruxaria ainda era vista como crime nas décadas de 40 e 50 da Inglaterra.
Desde seu renascimento, várias tradições de Wicca evoluíram ou foram criadas.
A tradição que segue os ensinamentos e práticas específicos, conforme estabelecidos por Gardner é denominada Tradição Gardneriana.
Além dela, muitas outras Tradições de Wicca se desenvolveram e também existem muitos praticantes de Wicca que não pertencem a nenhuma Tradição estabelecida, mas criam a sua própria forma de culto aos Antigos Deuses, se denominando Bruxos Solitários.

É importante frisar que a Wicca não é uma religião antiga, mas uma religião com bases antigas.

A Wicca tem suas crenças fundadas no antigo Paganismo.

BRUXARIA TRADICIONAL

A Bruxaria Tradicional tem suas raízes aprofundadas através do período pré-histórico, podendo ser considerada em parte irmã e em parte filha de antigas práticas e cultos xamânicos. Historicamente, tal e qual os xamãs, o papel social das bruxas tradicionais era basicamente dividido entre a prestação de auxílio à população na cura de problemas de saúde (problemas da carne, da psiquê e do espírito) e o contato com os espíritos dos mortos e dos deuses (encaminhamento de espíritos recém-desencarnados a seu destino, obtenção de favores da Deusa e/ou dos Deuses, previsões do futuro para facilitar a tomada de decisões tanto no nível pessoal quanto para a comunidade - neste último caso a leitura do futuro seria para os chefes).


STREGHERIA

Stregheria, Stregoneria ou Bruxaria Italiana são os nomes dados a Velha Religião (Vecchia Religione) da região da Itália.
Culto Pagão com origens nos velhos Mistérios Egeus-Mediterrâneos, a Stregheria é uma Religião Iniciática composta de diversos Clãs (Tradições), na maioria Hereditários e extremamente herméticos.
Vale ressaltar que Stregheria, ao contrário do que muitos erroneamente pensam, não é Tradição de Wicca.
O Culto das Streghe centra-se na figura da Deusa Diana e seu irmão e Consorte Dianus Lucífero. Uma antiga lenda nos conta que no século XIV, Diana vendo os homens sendo oprimidos por senhores ricos e pelo clero Católico, enviou sua filha divina Aradia (Herodias) para a Terra, a fim de libertar as pessoas da escravidão e trazer o reflorescimento da Velha Religião.
Aradia passou a ensinar seus discípulos na região central da Itália, próximo ao Lago Nemi, aonde se situa as ruínas do Antigo Templo de Diana Nemorensis.

O Culto Streghe é um culto lunar, centrado nas Celebrações da Lua Cheia (Veglioni), onde são feitas orações para Diana, cantos, danças e banquetes de pães e vinhos.

A Stregheria passou a ser conhecida graças ao folclorista Charles G. Leland, que no final do século XIX escreveu obras sobre o tema, entre as quais se incluem Aradia, Il Vangelo delle Streghe Italiane e Etruscan and Roman Remains in Popular Tradition.
Leland conseguiu este material na Florença, onde mantinha contato com mulheres que se intitulavam Streghe (Bruxas em Italiano).

A maioria dos Clãs de Stregoneria são Politeístas, tendo um Panteão cheio de Deuses, Semi-Deuses e Raças de Espíritos, todos eles criados das deidades supremas que são Diana e Dianus Lucifero.

As bases dos mistérios Stregonesci vieram principalmente de influências Etruscas.

Existem diversos Clãs dentro da Stregheria, entre os quais: Animulare, Tanarra, Clã Nemorensino, Janare (Streghe de Benevento), Tradição Aridiana, Tradição Ariciana, Fanarra, Mache, Bazure, Clã Umbrea etc.

TRADIÇÕES NÓRDICAS

As tradições nórdicas se referem a uma religião pré-cristã, crenças e lendas dos povos escandinavos, incluindo aqueles que se estabeleceram na Islândia, onde a maioria das fontes escritas para a mitologia nórdica foram construídas.
Esta é a versão mais bem conhecida da mitologia comum germânica antiga, que inclui também relações próximas com a mitologia anglo-saxônica.
Por sua vez, a mitologia germânica evoluiu a partir da antiga mitologia indo-européia.
A mitologia nórdica é uma coleção de crenças e histórias compartilhadas por tribos do norte da Germânia (atual Alemanha), sendo que sua estrutura não designa uma religião no sentido comum da palavra, pois não havia nenhuma reivindicação de escrituras que fossem inspirados por algum ser divino.
A mitologia foi transmitida oralmente principalmente durante a Era viking, e o atual conhecimento sobre ela é baseado especialmente nos Eddas e outros textos medievais escritos pouco depois da Cristianização.

No folclore escandinavo estas crenças permaneceram por mais tempo, e em áreas rurais algumas tradições são mantidas até hoje, recentemente revividas ou reinventadas e conhecidas como Ásatrú ou Odinismo.
A mitologia remanesce também como uma inspiração na literatura assim como no teatro e no cinema.

A família é o centro da comunidade, podendo ser estreitamente relacionada com a fertilidade-fecundidade quanto com a agressividade de um povo hostil e habituado as guerras, em uma sociedade totalmente rural que visa à prosperidade e a paz para si. Deste modo, a religião é muito mais baseada no culto do que no dogmatismo ou na metafísica, uma religiosidade baseada em atos, gestos e ritos significativos, muitas vezes girando em torno do sacrifício humano a certos deuses, como Odin e Tîwaz (identificado por alguns estudiosos como predecessor de Odin).

DRUIDISMO

A visão tradicional mostra os druidas como sacerdotes, mas isso na verdade não é comprovado pelos textos clássicos, que os apresentam na qualidade de filósofos (embora presidissem cerimônias religiosas, o que pode soar conflitante).
Se levarmos em conta que o druidismo era uma religião natural, da terra baseada no animismo, e não uma religião revelada (como o Islamismo ou o Cristianismo), os druidas assumem então o papel de diretores espirituais do ritual, conduzindo a realização dos ritos, e não de mediadores entre Deus e o homem.
Ao contrário da idéia corrente no mundo pós-Iluminismo sobre a linearidade da vida (nascemos, envelhecemos e morremos), no druidismo, como entre outras culturas da Antigüidade, a vida é um círculo ou uma espiral.
O druidismo procurava buscar o equilíbrio, ligando a vida pessoal à fonte espiritual presente na Natureza, e dessa forma reconhecia oito períodos ao longo do ano sendo quatro solares (masculinos) e quatro lunares (femininos), marcados por cerimônias religiosas especiais.

A sabedoria druídica era composta de um vasto número de versos aprendidos de cor e conta-se que eram necessários cerca de 20 anos para que se completasse o ciclo de estudos dos aspirantes a druidas.
Pode ter havido um centro de ensino druídico na ilha de Anglesey (Ynis Mon, em galês), mas nada se sabe sobre o que era ensinado ali. De sua literatura oral (cânticos sagrados, fórmulas mágicas e encantamentos) nada restou, sequer em tradução.
Mesmo as lendas consideradas druídicas chegaram até nós através do prisma da interpretação cristã, o que torna difícil determinar o sentido original das mesmas.

As tradições que ainda existem do que poderiam ter sido suas práticas religiosas foram conservadas no meio rural e incluem a observância do Halloween, rituais de colheita, plantas e animais que trazem boa ou má sorte e coisas do gênero.
Todavia, mesmo tais tradições podem ter sido influenciadas pela cultura de povos vizinhos.

XAMANISMO

O xamanismo é um tipo de religião de povos asiáticos e árticos.
Embora a palavra xamã tenha origem na tribo siberiana dos Tugus, não existe origem histórica ou geográfica para o xamanismo, prática religiosa, de cura e filosófica encontrada no mundo todo.
O xamanismo trabalha com profundo respeito às forças da natureza, com rituais vividos por qualquer tipo de pessoa, envolvendo cristais, fogo, água, metal, madeira.
É um conceito de vida que busca no autoconhecimento a chave para o equilíbrio do ser.

O sacerdote do xamanismo é o xamã, que entra em transe durante rituais xamânicos, manifestando poderes aparentemente sobrenaturais, e invocando espíritos da natureza.
A comunicação com estes aspectos sutis da natureza se processa através de estados alterados de consciência

O xamã pode ser homem ou mulher, e sempre há na história pessoal desse indivíduo um desafio, como uma doença física ou mental, que se configura como um chamado, uma vocação.
Depois disto há uma longa preparação, um aprendizado sobre plantas medicinais e outros métodos de cura, e sobre técnicas para atingir o estado alterado de consciência e formas de se proteger contra o descontrole.

O xamã é tido como um profundo conhecedor da natureza humana, tanto na parte física quanto psíquica.

ÁSATRÚ

Ásatrú (Islandês para "fé Aesir") é um movimento religioso neopagão que tenta reviver o paganismo nórdico existente na época dos Vikings – tal como descrito nos Eddas – antes da chegada do Cristianismo.
O Ásatrú foi instituído a partir da década de 1960 na Islândia, pela Íslenska Ásatrúarfélagið uma organização fundada por Sveinbjörn Beinteinsson.
Ásatrú é uma religião oficialmente reconhecida pelos governos da Islândia (desde 1973), Dinamarca (desde 2003) e Noruega.
O governo dos Estados Unidos não endossa ou reconhece oficialmente qualquer grupo religioso; todavia, numerosos grupos Ásatrú têm sido reconhecidos com o status de organização sem fins lucrativos desde os anos 1970.

Embora o termo Ásatrú originalmente se referisse especificamente aos partidários islandeses da religião, neopagãos germânicos e grupos reconstrucionistas têm se identificado majoritariamente como Ásatrú, particularmente nos Estados Unidos.
Neste sentido mais amplo, o termo Ásatrú é usado como um sinônimo de neopaganismo germânico ou paganismo germânico, conjuntamente com os termos Forn Sed, Odinismo, Heithni, e outros.
Muitos membros do Asatru e do neo-paganismo germânico se intitulam também de reconstrucionistas, muitas vezes recorrendo a estudos e pesquisas acadêmicas sobre a antiga religiosidade da Era Viking.
Especialmente os atuais praticantes dos países escandinavos, como a Noruega, mantém algum tipo de vínculo com as pesquisas historiográficas sobre religiosidade nórdica.

Outras doutrinas tidas como pagãs:
*Obs. Nem todos as considerem assim

Taoismo
Hinduismo
Budismo
Onmyoujutsu
Xintoismo

domingo, 19 de abril de 2009

A ARVORE DA VIDA E RITUAL



"O que está em cima é como o que está embaixo,
e o que está embaixo é como o que está em cima."
− O CAIBALION −

Este Princípio contém a verdade que existe uma correspondência entre as leis e os fenômenos dos diversos planos da Existência e da Vida.
O velho axioma hermético diz estas palavras:
"O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima."
A compreensão deste Princípio dá ao homem os meios de explicar muitos paradoxos obscuros e segredos da Natureza.
Existem planos fora dos nossos conhecimentos, mas quando lhes aplicamos o Princípio de Correspondência chegamos a compreender muita coisa que de outro modo nos seria impossível compreender.
Este Princípio é de aplicação e manifestação universal nos diversos planos do universo material, mental e espiritual: é uma Lei Universal.
Os antigos Hermetistas consideravam este Princípio como um dos mais importantes instrumentos mentais, por meio dos quais o homem pode ver além dos obstáculos que encobrem à vista o Desconhecido.
O seu uso constante rasgava aos poucos o véu de Isis e um vislumbre da face da deusa podia ser percebido.
Justamente do mesmo modo que o conhecimento dos Princípios da Geometria habilita o homem, enquanto estiver no seu observatório, a medir sóis longínquos, assim também o conhecimento do Princípio de Correspondência habilita o Homem a raciocinar inteligentemente, do Conhecido ao Desconhecido.
Estudando a mônada, ele chega a compreender o arcanjo.
A raiz e a copa se espelham.


O RITUAL DA ÁRVORE DA VIDA

Sente-se de maneira ereta e sinta sua energia surgindo... (pausa)

Agora imagine que sua espinha é um tronco de uma árvore... e de sua base esticam-se raízes para dentro da terra...para o centro da própria terra...(pausa)

E você pode retirar o poder da terra a cada respiração...sinta a energia desabrochando...como a seiva que surge ao tronco da árvore...

E sinta o poder subindo por sua espinha... Sinta como você estivesse tornando mais vivo a cada respiração...

E no alto de sua cabeça existem galhos que se movimentam para cima e para baixo para tocar a terra... e sinta o poder irrompendo do topo de sua cabeça... e sinta-o movimentando através dos galhos até que novamente toquem a terra... Fazendo um círculo... Formando um círculo... Retornando às suas origens...

(pode ser feito em grupo)

terça-feira, 14 de abril de 2009

INVOCAÇÃO À GRANDE DEUSA


Eu sou a Grande Mãe,
adorada por todo e existindo desde antes da sua consciência.
Eu sou a força feminina primitiva,
sem limites e eterna.
Eu sou a casta Deusa da lua, a senhora de toda a magia.
Os ventos e as folhas que se movem contam meu nome.
Uso a lua crescente em minha testa
e meus pés repousam entre os céus estrelados.
Sou mistérios ainda insolúveis; um caminho recém iniciado.
Regozijem-se em Mim e conheçam a plenitude da juventude.
Eu sou a Mãe abençoada, a graciosa Senhora da colheita.
Eu estou vestida com a profunda e fresca maravilha da terra,
e o ouro dos campos cheios de grãos.
Por mim são regidas as mares da terra,
todas as coisas florescem de acordo com as minhas estações.
Sou refugio e cura.
Sou a Mãe que dá a vida, maravilhosamente fértil.
Adorem-me como a Anciã , guardiã do ciclo continuo da morte e renascimento.
Eu sou a roda, a sombra da Lua.
Rejo as mares das mulheres e dos homens, e trago libertação e renovação as almas fatigadas.
Embora a escuridão da morte seja meu domínio, a alegria do nascimento é meu dom.
Sou a Deusa da Lua, da Terra e dos Mares.
Meus nomes e forças são múltiplos.
Eu derramo magia, poder, paz e sabedoria.
Sou a eterna Donzela, Mãe de todos, e Anciã das trevas,
e envio-lhes bênçãos e amor ilimitados.

A DEUSA, A GRANDE MÃE




Em diversas partes do mundo a Grande Deusa Mãe é associada à lua, já que existia um poder maior que agia entre a mulher e a lua.
Todas as religiões primitivas viam no poder feminino a chave para o mito da criação e assim o universo era identificado como uma grande Deusa,criadora de tudo que existia e que existiu.
Pois é do ventre da mulher que todos nós saímos!
O culto à grande Deusa remonta à Era de Touro,
nesta época o culto ao feminino e aos mistérios da procriação eram muito difundidos.
A mulher era tida como única fonte da vida, os partos eram sagrados,
e a Deusa era muito venerada.
A Deusa esteve presente em todas as partes do mundo, sob diversos nomes:
Kali na Índia, Ishtar na Mesopotâmia, Pallas na Grécia, Sekhmet no Egito, Bellona em Roma...
Seus nomes podem variar, mas ela sempre foi venerada como princípio feminino eterno.
A Deusa é o poder do feminino que dá vida ao mundo e fertiliza a Terra.





A Grande Mãe é a face mais conhecida da Deusa e pela qual Ela é mais chamada
desde o começo dos tempos.
A Deusa como Mãe simboliza aquela que dá a vida, mas também pode tirá-la,
assim como tudo na Natureza.
Ela se preocupa com seus filhos, ela é fértil, sexual, justa, segura de si.
Como as outras faces, a Mãe também foi representada em diversas culturas do mundo e teve muitos nomes, tais como Deméter, Ísis, Freya.
Você pode entrar em contato com a Mãe sempre que tiver que fazer qualquer tipo de escolha, pedir bênçãos e proteção, agradecer por algo conseguido, pedir conselhos sobre que caminho tomar, ou mesmo quando busca estar em paz.
Muitos acreditam que a adoração a uma Deusa Mãe tenha sido a primeira forma de religiosidade dos povos antigos, mesmo no período Paleolítico.
Há muitas evidências arqueológicas como estátuas, amuletos,
cerâmicas e pinturas nas cavernas sugerindo algo desse tipo.
Uma grande evidência desse culto antigo vem das numerosas estátuas de mulheres grávidas com seios, quadris, coxas e vulvas exagerados.
Os arqueólogos chamam essas imagens de "Vênus".
Tais estátuas foram encontradas na Espanha, França, Alemanha, Áustria,
Checoslováquia e Rússia e parecem ter pelo menos dez mil anos.
São objetos particularmente interessantes
porque mostram que a fertilidade da mulher era vista como sagrada.
Talvez por isso exista uma relação tão grande entre a mulher e a Terra como um todo,
pois os antigos viam como a energia criadora, que dava à luz uma nova vida, era feminina.
Vale salientar aqui, no entanto, que isso jamais teve o intuito de afirmar que os povos antigos acreditavam única e exclusivamente numa Grande Mãe;
afirmar isso seria ignorar toda a crença politeísta que guiou os dias de outrora.
O Sagrado Feminino não significava UM Sagrado Feminino,
mas a sua representação.
Na Wicca, o Sagrado Feminino é muitas vezes chamado como "A Deusa dos Dez Mil Nomes",
em função da variedade de cultos a deusas em toda a história das civilizações.
Isto não significa que exista, na verdade, uma só Deusa que tenha tantas faces,
mas que todas essas faces sejam divindades distintas.
A denominação única "Deusa" não nos leva a um monoteísmo; pelo contrário!
Apenas usamos para denominar essa crença no Sagrado Feminino como um todo.
Na Wicca, a Deusa é tríplice, tendo três faces, que representam as faces da vida das mulheres: donzela, mãe e anciã.
Algumas correspondências:
Sabbats relacionados: Solstício de verão, solstício de inverno.
Animais: Pomba, gato, vaca.
Cores: vermelho, verde, púrpura, cores fortes.

domingo, 12 de abril de 2009

PRINCÍPIO CRIADOR

O PRINCÍPIO CRIADOR

Para a wicca, existe um princípio criador, que não tem nome e está além de todas as definições. Desse princípio, surgiram as duas grandes polaridades,
que deram origem ao universo e a todas as formas de vida.
PRINCÍPIO FEMININO:
A grande mãe representa a energia universal geradora, o útero de toda criação.
É associada aos mistérios da lua, da intuição, da noite, da escuridão e da receptividade.
É o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado.
A lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias, mas nunca morre,
representando os mistérios da vida eterna.
Na wicca, a deusa se mostra com três faces: a virgem, a mãe e a velha sábia,
sendo que esta última ficou mais relacionada à bruxa na imaginação popular.
A deusa tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina,
o poder da menstruação na mulher,
e é também a contraparte feminina presente em todos os homens,
tão reprimida pela cultura patriarcal.
PRINCÍPIO MASCULINO:
Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o deus,
símbolo solar da energia masculina, nasceu da deusa, sendo seu complemento,
e traz em si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e alegria.
Como o sol nasce e se põe, todos os dias,
o deus nos mostra os mistérios de morte e do renascimento.
Na wicca, o deus nasce da grande mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela deusa virgem, eles fazem amor, a deusa fica grávida, o deus morre no inverno
e renasce novamente, fechando o ciclo do renascimento,
que coincide com os ciclos da natureza, e mostra os ciclos da nossa própria vida.
Para alguns, pode parecer incestuoso que o deus seja filho e amante da deusa, mas é preciso perceber o verdadeiro simbolismo do mito, pois do útero da deusa todas as coisas vieram,
e, para ele, tudo retornará.
E, se pensarmos bem, as mulheres sempre foram mães de todos os homens,
pelo seu poder de promover o renascimento espiritual do ser amado e de toda a humanidade.
O sentido profundo do simbolismo na bruxaria só pode ser verdadeiramente entendido através da meditação e do contato intuitivo com a energia dos deuses.

O MITO DA CRIAÇÃO

O MITO DA CRIAÇÃO
(Retirado de: A dança Cósmica das Feiticeiras)

"Solitária, majestosa, plena em si mesma, a Deusa, Ela,

cujo nome sagrado, não pode ser jamais dito,

flutuava no abismo da escuridão, antes do início de todas as coisas.

E quando Ela mirou o espelho curvo do espaço negro,

Ela viu com a sua luz o seu reflexo radiante e apaixonou-se por ele.

Ela induziu-o a se expandir devido ao seu poder e fez amor consigo mesma

e chamou Ela de "Miria, a Magnífica".
O seu êxtase irrompeu na única canção de tudo que é, foi ou será,

e com a canção surgiu o movimento,

ondas que jorravam para fora e se transformaram em todas as esferas e círculos dos mundos.

A Deusa encheu-se de amor, que crescia,

e deu à luz uma chuva de espíritos luminosos

que ocuparam os mundos e tornaram-se todos os seres.
Mas, naquele grande movimento, Miria foi levada embora,

e enquanto Ela saía da Deusa, tornava-se mais masculina.
Primeiro, Ela tornou-se o Deus Azul, o bondoso e risonho deus do amor.
Então se tornou Verde coberto de vinhas, enraizado na terra,

o espírito de todas as coisas que crescem.
Por fim, tornou-se o Deus da Força, o Caçador, cujo rosto é o sol vermelho,

mas, no entanto, escuro como a morte.
Mas o desejo sempre o devolve à Deusa, de modo que Ela circula eternamente,

buscando retornar em amor.
Tudo começou em amor; tudo busca retornar em amor.

O amor é a lei, mestre da sabedoria e o grande revelador dos mistérios.
Este mito foi contado de geração em geração,

por Magos deste Mundo."





ESPIRAL DO RENASCIMENTO



A Bruxaria ensina que a reencarnação é o instrumento pela qual nossas almas são aperfeiçoadas. Uma vida não basta para atingir tal objetivo; a consciência (além) renasce inúmeras vezes, cada dia englobando um grupo diferente de ligações, até que a perfeição seja atingida.

A cobiça, a ira, os ciúmes, a obsessão e todas as nossas emoções negativas

inibem nosso crescimento.

A alma não tem idade, sexo ou físico, possuindo a centelha divina do Deus e da Deusa.

Nós é que decidimos o desenrolar de nossas vidas.

Não há deus maldição, força misteriosa ou destino sobre o qual possamos atirar a responsabilidade pelos fatos de nossas vidas.

Nunca jogue a culpa no carma.

O carma não é um sistema de recompensas e punições, mas sim um sistema de orientar a alma em direção a ações evolutivas.

Se uma pessoa prática ações negativas, receberá ações negativas em troca.

O bem atrai o bem.

Não há como "apagar o carma, assim como nem todos os eventos aparentemente terríveis de nossas vidas são um subproduto do carma.

A regressão a vidas passadas pode ser perigosa, pois envolve uma grande carga de autodesilusão.

Se não deseja conhecer sua vida passada, ou não tem como fazê-lo, observe esta existência.

Pode descobrir qualquer dado relevante sobre suas vidas passadas ao observar esta vida.

Se sofrer, seus problemas em vidas passadas, estes não lhe dizem respeito.

Caso contrário, os mesmo problemas ressurgirão, por isso concentre-se nessa vida.

Dizem que a alma quando morremos viaja para um reino conhecido como Terra do Verão (nomenclatura teosófica).

Este reino não é nem paraíso nem submundo.

Simplesmente é uma realidade não-física, muito menos densa do que a nossa.

O que ocorre após a ultima encarnação?

Dizem que após subir a espiral da vida, morte e renascimento, as almas que atingem a perfeição liberam-se para sempre desse ciclo e coabitam a Deusa e o Deus.

A morte é vista como a porta para o nascimento.

Ela não é o fim; é um estágio do ciclo que conduz ao renascimento.

Após a morte, é dito que a alma descansa na "Terra do Verão",

onde ela é revigorada rejuvenesce e é preparada para renascer.

O renascimento não é considerado eterna condenação,

sombrio ciclo de sofrimento, como em algumas religiões orientais.

Pelo contrário, é visto como uma dádiva da Deusa,

que está presente no mundo físico.

A vida e o universo não se encontram separados da deidade,

eles são a divindade imanente.