sábado, 25 de fevereiro de 2012

BRUXAS E BRUXARIAS




Elas são boas? Elas são más? Elas lançam feitiços para fazer coisas ruins acontecerem?



A verdadeira definição de uma bruxa, bem como a história das bruxas em geral é amplamente debatida. Muitos textos descrevem a bruxaria como pactos com o diabo em troca de poderes para fazer o mal e prejudicar os outros. Embora isso possa ter alguma verdade em certas seitas, para a maioria das bruxas modernas isso está muito longe de suas crenças e práticas reais.



A crença na magia e na bruxaria existe desde o início dos tempos. O homem primitivo pagava tributo aos deuses e deusas que governavam seu mundo e traziam colheitas saudáveis e invernos amenos. A ideia da magia surgiu quando as coisas não iam muito bem: ela cresceu do caos que acompanhava um clima ruim, doença ou escassez de alimentos. Quando os tempos eram difíceis, os xamãs, médicos, bruxas e outros tipos de feiticeiros lançavam feitiços e realizavam rituais para canalizar o poder dos deuses. A canalização desse poder tinha resultados mistos: as bruxas, que eram principalmente mulheres, eram originalmente vistas como sábias curandeiras que tanto poderiam cultivar quanto destruir; essa crença em seu poder levou ao medo e este forçou as bruxas a viverem como proscritas.



Magia x Mágica
Livros e outras referências sobre a bruxaria usam a palavra “magia” em vez de “mágica”. Embora essa palavra não esteja em alguns dicionários, é a aceita na Wicca (e possivelmente em outras religiões pagãs que usam mágica). Essa variação serve para diferenciar o que a bruxa faz do que um mágico faz - em outras palavras, a magia que invoca uma divindade para canalizar poder em oposição à mágica ilusionista. Neste artigo, iremos nos referir à mágica da bruxaria como “magia”.


Quando o Cristianismo consolidou-se na Idade Média, as bruxas que realizavam magia eram vistas como adoradoras do diabo que realizavam Missas Negras, enfeitiçavam as pessoas e voavam por aí em vassouras. Essa também foi a época da Reforma (em inglês), que começou como uma tentativa de reformar a Igreja Católica Romana, mas resultou na criação das Igrejas Protestantes. Embora tenha ocorrido principalmente no século XVI, suas raízes remontavam ao século XIV - praticamente a época em que a caça às bruxas começou.



As caçadas às bruxas na Europa e colônias européias começaram em torno de 1450 e durou até 1750. Como havia muitas epidemias (como a Peste Negra) e outros desastres naturais, os surtos de histeria coletiva levaram a apontar as bruxas e a bruxaria como réus.
Durante os vários julgamentos de bruxas, os acusadores geralmente usavam tortura extrema para extrair “confissões” das presumidas bruxas. Inúmeras bruxas foram executadas por enforcamento ou queimadas em público.



A bruxaria é uma religião pagã. As religiões pagãs cultuam divindades múltiplas em vez de um único Deus. O paganismo é uma das mais antigas religiões e inclui todas as religiões que não são cristãs, muçulmanas ou judias, o que significa que o Paganismo inclui as religiões hindus, budistas, taoístas, confúcias e dos índios americanos, bem como todas as outras religiões. De acordo com o Pesquisador de Fatos Cambridge de 1998, o Paganismo representa 50 % de todas as religiões.
A palavra “pagão”, na verdade, se deriva do latim pagini ou paganus, palavras que significam “terra” ou “habitante doméstico” ou, mais simplesmente, “camponês” - as pessoas rotuladas como pagãos eram consideradas inferiores aos que viviam nas cidades. Contudo, isso não significa que essas pessoas eram más. O medo da bruxaria começou a prevalecer por volta de 1450 quando as pessoas começaram a associar a bruxaria e o paganismo com adoração ao diabo.



Tipos de Bruxa
Há muitos tipos de bruxaria, muitas das quais se sobrepõem e todas podem ser definidas de modos diferentes por pessoas diferentes, mas há algumas diretrizes rudimentares para suas designações.

Bruxaria africana: há muitos tipos de bruxaria na África. O Azande da África central acredita que a bruxaria causa todos os tipos de infelicidade. O presente da bruxaria, conhecido como mangu, é passado de pai para filho. Aqueles que possuem o mangu nem mesmo estão conscientes disso e realizam a magia inconscientemente enquanto dormem.

Mágica popular apalachiana: aqueles que praticam bruxaria nas montanhas Apalaches vêem o bem e o mal como duas forças distintas que são conduzidas respectivamente pelo Deus Cristão e pelo Diabo. Eles acreditam que há certas doenças que sua magia não pode curar. Também acreditam que as bruxas são abençoadas com poderes paranormais e podem realizar magia poderosa que pode ser usada tanto para propósitos bons quanto maus. Eles buscam profecias e presságios do futuro na natureza.

Bruxaria verde: a bruxa verde é muito similar a uma bruxa de cozinha/caseira (veja adiante) com a exceção de que a bruxa verde pratica nos campos e na floresta para estar mais perto do espírito divino. A bruxa verde faz suas próprias ferramentas a partir de materiais acessíveis ao ar livre.

Bruxaria solitária: uma bruxa solitária não é parte de um grupo ou coven. Essa bruxa pratica magia sozinha e trabalha mais com as artes verdes, curas herbais e feitiços. Nos dias primitivos, os bruxos solitários eram homens ou mulheres sábios que curavam doenças e forneciam conselhos. Eles podem ser de qualquer religião e são considerados bruxos tradicionais (veja adiante).

Bruxaria hereditária: os bruxos hereditários acreditam em “dons” da arte que nascem com um bruxo, sendo passados das gerações anteriores.

Bruxaria Hoodoo/Invocação/Fundamental: o Hoodoo é um tipo de magia popular afro-americana que combina as práticas folclóricas e crenças africanas com conhecimento botânico indo-americano e folclore europeu. O Hoodoo usa as propriedades mágicas das ervas, raízes, minerais (especialmente magnetos), partes de animais e as posses pessoais e fluidos corporais das pessoas.

Bruxaria de cozinha/caseira: um bruxo de cozinha, ou bruxo caseiro, pratica a magia perto da terra e residência. A residência é um lugar sagrado e o uso de ervas é usado freqüentemente para trazer proteção, prosperidade e cura. Os bruxos de cozinha freqüentemente seguem mais de um caminho da bruxaria.

Bruxaria luciferiana: o luciferianismo é freqüentemente confundido com o satanismo por ser a adoração de uma divindade chamada Lúcifer, mas a magia luciferiana é usada tanto para o bem quanto para o mal.

Feitiçaria alemã da Pensilvânia ou "Pow-wow": quando os alemães chegaram pela primeira vez na Pensilvânia, os americanos nativos estavam lá, então o termo “pow-wow” para descrever essa prática pode ter surgido das observações das reuniões indígenas. Os Pow-wows incluem feitiços e encantamentos que remontam à Idade Média, bem como elementos emprestados da Cabala Judaica e da Bíblia Cristã. O Pow-wow se concentra na cura de doenças, proteção de animais, encontro do amor ou lançamento ou remoção de feitiços. Os que participam de Pow-wows consideram a si mesmos como cristãos dotados de poderes sobrenaturais.

Bruxaria tradicional: a bruxaria tradicional freqüentemente segue a ciência, a história e a arte como seu fundamento. Embora compartilhe do mesmo respeito pela natureza que o bruxo wiccano (veja adiante), os bruxos tradicionais não cultuam a natureza nem o deus ou deusa da Wicca. Eles entram em contato com espíritos que são parte de um mundo espiritual invisível durante os rituais. A magia é mais prática que cerimonial e se concentra principalmente em ervas e poções. Essa seita da bruxaria também não tem nenhuma lei de não prejudicar alguém, mas acredita na responsabilidade e na honra. Feitiços e maldições, portanto, podem ser usados na autodefesa ou para outros tipos de proteção.

Wicca: Wicca é uma das religiões pagãs modernas que cultuam a Terra e a natureza e tem apenas 60 anos de idade. Foi criada na década de 40 e 50 por Gerald Gardner. Gardner definiu a bruxaria como uma religião positiva e afirmadora da vida, que inclui adivinhação, plantas medicinais, mágica e habilidades psíquicas. Os wiccanos fazem um juramento de não prejudicar com sua magia.
Para obter uma lista de outros tipos de bruxaria, visite Neopagan.net: classificação das bruxarias (em inglês).
A maioria dos que se autodenominam bruxos hoje em dia pertencem à religião wiccana.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

COMO SABER SE VOCÊ É OU NÃO UMA "BRUXA"?



Olá minha gente Amiga!



Depois de um longo período de ausência volto hoje postando um artigo, que espero, esteja respondendo as dúvidas de centenas de pessoas das quais recebí e-mails durante este período que fiquei longe.



Todos nós durante um tempo, precisamos nos reciclar, estudar para nos aperfeiçoarmos e adquirirmos novos conhecimentos. Foi por essa razão que fiquei um tempo longe de voces, mas estou de volta agora, com força e energia renovada e espero, aos pouquinhos, é claro, ir respondendo suas mensagens. para aqueles que quiserem enviar e-mails, favor fazê-lo para hyllannaabruxa@gmail.com, ok?



Um beijo e vamos ao que interessa.

COMO SABER SE VOCÊ É OU NÃO UMA "BRUXA"?



É uma bruxa a mulher que tem o poder de sua própria vida.



É a que dita suas próprias regras.



É a que não se rende ante a abnegação.



É a que não conhece nenhuma pessoa com uma estima maior que a sua e é mais fiel a si própria do que nenhuma outra abstração.



É a mulher que doma e nunca é domada.



É a mulher que diz todo dia em voz alta e sem medos ou receios: Sou uma Bruxa (3 vezes).



É a que transforma a energia que recebe a seu bel prazer.



É a que se apaixona e se entrega a todos seus ideais, mas segundo estes vai mudando e se adaptando.



Na realidade todas as mulheres que encontraram seu lugar no mundo são bruxas.



Mas, por que as bruxas eram temidas, odiadas e perseguidas?



Recordemos que as bruxas eram descendentes diretas das antigas sacerdotisas pagãs adoradoras de uma deusa criativa feminina.



Representavam o terceiro aspecto da trindade sagrada feminina: a anciã sabia, e em conseqüência a mãe de todos os clãs da Europa pré- cristã.



A posição política dessas mulheres não era a de subordinação nem a de esposa uma vez que elas eram dispensadas da justiça e dos cumprimentos das leis. A principio na era medieval em Chester-Inglaterra, a Carta Magna as chama de “Jiudices de wich” que quer dizer ”Bruxas Juízas".



As anciãs tinham na época o poder político da comunidade. Com o advento do Cristianismo lentamente esta posição elevada foi diluindo até que se reverteu totalmente. As Comadres conheciam as ervas para evitar a concepção, sabiam como fazer dar a luz de forma natural e quase sem dor com a ajuda de massagens que aceleravam a dilatação e posições que reduziam a dor. Isto era inconcebível para muitos, uma vez que desafiava a sanção Bíblica de "parirás com dor".



A igreja medieval as detestava por suas ligações com o matriarcado pagão e o culto da Deusa. Eram consideradas inimigas implacáveis da fé cristã. A verdadeira razão por essa hostilidade era a noção que as Comadres podiam ajudar a mulheres a manejar seu destino e ensinar-lhes o segredo da sexualidade sagrada.



As anciãs sábias eram temidas e repudiadas por suas habilidades de profetizas e curadoras porque elas representam a parte post- menopáusica do ciclo vital.



As bruxas eram as guardadoras da tradição dos povos e ativavam a memória coletiva através de mitos contos e legendas. As culturas de orientação masculina espancam o aspecto cíclico da vida em sua fase decadente, quem sabe seja por isso que o modelo cultural aceito é o da eterna adolescente.



Talvez, a partir de agora, quando alguém se dirija a nós com deboches , sofismas e nos chamando pejorativamente pelo nome de "Bruxas" nos reste sorrir enigmaticamente, sabendo que longe de nos ofender, nos elogiam comparando-nos com essa raça de mulheres valentes, contestarias, livres e indômitas, grite bem alto ; SOU UMA BRUXA... SOU UMA BRUXA... SOU UMA BRUXA!!!!!!...